• Resumo

    PLANTIO DE Ipomoea pes-caprae NAS DUNAS DA PRAIA BRAVA (ITAJAÍ, SC): COMPARAÇÃO DE DUAS TÉCNICAS

    Data de publicação: 17/11/2010
    Este trabalho teve como objetivo comparar, em campo, dois métodos para se propagar vegetativamente a planta Ipomoea pes-caprae: o plantio direto de estacas e o plantio de mudas enraizadas em viveiros antes do plantio em campo. Para tanto, foram coletados estolões provenientes de porções com entre-nós curtos, dos quais foram removidos brotos, folhas e raízes. Com estes estolões foram produzidos fragmentos de 20 e de 30 cm, que foram enraizados em viveiro por 20 dias antes do plantio em campo (mudas; tratamento 1) ou plantados diretamente em campo (estacas; tratamento 2). No tratamento 1 as mudas tiveram suas folhas e brotos removidos antes do plantio em campo. As mudas e estacas de 20 e 30 cm foram identificadas, aleatorizadas e plantadas em uma área cercada das dunas (Praia Brava, Itajaí, SC) e sua sobrevivência foi acompanhada por um período de 2 meses. A maior mortalidade ocorreu nas primeiras três semanas após o plantio para todos os tratamentos, embora de maneira diferenciada para cada tamanho de fragmento. Os fragmentos de 30 cm, tanto para as mudas como para as estacas, apresentaram valores de sobrevivência bem mais elevados do que os fragmentos de 20 cm, tanto nas primeiras três semanas (83 e 76 % de sobrevivência, para mudas e estacas, respectivamente), como ao final de 60 dias (74 e 62 % de sobrevivência, para mudas e estacas, respectivamente). Apesar da elevada mortalidade observada para as mudas e estacas de 20 cm de comprimento nas primeiras 3 semanas do experimento (sobrevivência de 62 e 56 %, respectivamente), após este período houve uma redução na mortalidade, e o número de sobreviventes chegou, ao final de 60 dias, a 41 e 44 % para mudas e estacas, respectivamente. Concluímos que para otimizar o plantio de Ipomoea pes-caprae nas dunas por meio de reprodução vegetativa, devem ser utilizados fragmentos de 30 cm. A manutenção em viveiro aumenta a sobrevivência das plantas, e possivelmente terá forte influência do desempenho das plantas caso o plantio seja efetuado em períodos de baixa precipitação pluviométrica e sem regas freqüentes.

Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology

Ciências Ambientais, Ambientes Aquáticos e Costeiros. 

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