A COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA EM MATÉRIA PENAL NA UNIÃO EUROPEIA – A PROVA E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Autores

  • André Paulino Piton Doutor em Direito. Coordenador da Licenciatura em Criminologia do Instituto Universitário da Maia. Maia, Portugal. Diretor Executivo do Laboratório de Ciências Forenses e Criminologia. Investigador integrado do JusGov – Research Centre for Justice and Governance.

DOI:

https://doi.org/10.14210/nej.v24n2.p351-372

Palavras-chave:

Tratado de Lisboa, Cooperação Judiciaria em matéria Penal, Prova, Processo Penal, Reconhecimento mútuo.

Resumo

A União Europeia tem hoje um impressionante conjunto de mecanismos de cooperação judiciária responsáveis pela prevenção e pela repressão da criminalidade no espaço de Liberdade, Segurança e Justiça. A criação destes instrumentos, que permitem a descoberta da verdade material, também levanta alguns problemas sob a ótica da proteção dos direitos dos suspeitos acusados ou de pessoas envolvidas num processo penal com dimensão europeia. Deste modo, não podemos deixar de questionar-nos, de modo prospetivo, sobre qual o caminho a seguir na edificação e na consolidação deste projeto europeu. Para isto, faremos algumas considerações sobre a decisão europeia de investigação em matéria penal e as garantias dos direitos fundamentais como princípios processuais desse espaço que queremos de segurança, mas principalmente de liberdade e justiça.

Biografia do Autor

André Paulino Piton, Doutor em Direito. Coordenador da Licenciatura em Criminologia do Instituto Universitário da Maia. Maia, Portugal. Diretor Executivo do Laboratório de Ciências Forenses e Criminologia. Investigador integrado do JusGov – Research Centre for Justice and Governance.

Referências

AMBOS, Kai. “Transnationale Beweiserlangung – 10 Thesen zum Grünbuch der EU-Kommission

“Erlangung verwertbarer Beweise in Strafsachen aus einem anderen Mitgliedstaat”, ZIS, 9, 2010.

BACHMEIER, Lorena. “El Exhorto Europeo de Obtención de Pruebas en el Proceso Penal. Estudio y

Perspectivas de la Propuesta de Decisíon Marco”, in El Derecho Procesal Penal en la Unión Europea,

Madrid: Colex, 2006.

BACHMEIER, Lorena. “European Investigation Order for obtaining evidence in the criminal

proceedings: study of the Proposal for a European Directive”, ZIS, 9, 2010.

BACHMEIER, Lorena. “Transnational Evidence - Towards the Transposition of Directive 2014/41 Regarding

the European Investigation Order”, EUCRIM, 2 , 2015.

CONSELHO EUROPEU. Disponível em: http://www.europarl.europa.eu/summits/tam_pt.htm#b

DEU, Teresa Armenta; INCHAUSTI, Fernando Gascón. El Derecho Procesal Penal en la Unión Europea,

MadrId: Colex, 2006.

FAIR TRIALS INTERNATIONAL, “‘Fair Trials International’s response to the adopted European Investigation

Order Directive”, mar. 2014, http://www.fairtrials.org/wp-content/uploads/EIO-Position-Paper1.pdf.

GRAÇA, António Pires Henriques da. O Regime Jurídico do Mandado de Detenção Europeu, Coimbra:

Coimbra Editora, 2014.

ILLUMINATI, Giulio (ed.), Prova Penale e Unione Europea - Atti del Convegno “L’armonizzazione della

prova penale nell’ Unione europea”, Bologna: Bononia University Press, 2009.

JOUTSEN, Matti. “The European Union and Cooperation in Criminal Matters: the Search for Balance”, Heuni Paper, 25, 2006, p. 7-43.

KLIP, André. European Criminal Law. An Integrative Approach, Antwerp: Intersentia, 2009.

LELIERUR, Juliette. “L’application de la reconnaissance mutuelle à l’obtention de preuves pénales

dans l’Union européenne: une chance por un droit probatoire français en crise?”, ZIS, 9, 2010.

MATA-MOUROS, Maria de Fátima. Juiz das Liberdades: Desconstrução de um Mito do Processo Penal,

Coimbra: Almedina, 2011.

MONTE, Mário Ferreira. ‘’Das consequências processuais em matéria de segredo/publicidade na justiça

criminal: irregularidades e nulidades’’, in Estudos em Homenagem ao Professor Doutor Heinrich Ewald

Hörster, Coimbra: Almedina, 2012.

PARLAMENTO EUROPEU. Diretivas. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?

uri=CELEX:32013L0048&from=EN.

PATTO, Pedro Maria Godinho Vaz. ‘’O regime do segredo de justiça no Código de Processo Penal revisto’’,

Revista do CEJ, 9 (especial), 2008.

PINTO, Frederico de Lacerda da Costa. ‘’Publicidade e segredo na última revisão do Código de Processo

Penal’’, Revista do CEJ, 9 (especial), 2008.

RAMOS, Vânia Costa. ‘’Freenzingorder - um nado morto? Primeira abordagem às decisões de congelamento

para apreensão de elementos de prova com base na Decisão-Quadro 2003/577/JAI, do Conselho, e na

Lei 25/2009, de 05.06’’, in Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal. Coimbra: Coimbra

Editora, 2014.

RAMOS, Vânia Costa. ‘’Problemas da obtenção de prova em contexto transnacional - introdução’’, Revista

Portuguesa de Ciência Criminal, 23 , 2013.

RODRIGUES, Anabela Miranda. “O mandado de detenção europeu na via da construção de um sistema

penal europeu: um passo ou um salto?”, Revista Portuguesa de Ciência Criminal, a. 13, n 1, Janeiro –

Março 2003.

RUGGERI, Stefano. ‘’Introduction to the Proposal of a European Investigation Order: Due Process Concerns

and Open Issues’’, in Transnational Evidence and Muticultural Inquiries in Europe, Heidelberg: Springer,

SPENCER John R., ‘’The Green Paper on obtaining evidence fron onde Member State to another and

securing its admissibility: the Reaction of one British Lawyer’’, ZIS , 9, 2010.

UBERTIS, Giulio. Principi di Procedura Penale Europea - La regole del giustio processo, 2nd edn, Milano:

Raffaello Cortine Editore, 2009.

VALENTE, Manuel Monteiro Guedes. Do Mandado de Detenção Europeu, Coimbra: Editora

Almedina, 2006.

Downloads

Publicado

2019-08-08

Como Citar

PITON, A. P. A COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA EM MATÉRIA PENAL NA UNIÃO EUROPEIA – A PROVA E A PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS. Novos Estudos Jurí­dicos, Itajaí­ (SC), v. 24, n. 2, p. 351–372, 2019. DOI: 10.14210/nej.v24n2.p351-372. Disponível em: https://periodicos.univali.br/index.php/nej/article/view/14951. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos