• Resumo

    DIMENSÃO NOÉTICA: AS CONTRIBUIÇÕES DA LOGOTERAPIA PARA A COMPREENSÃO DO SER HUMANO

    Data de publicação: 11/10/2019

    Esta pesquisa tratou do tema “Dimensão noética: as contribuições da logoterapia para a compreensão de ser humano”. Para Frankl, o ser humano é
    entendido como uma unidade tridimensional constituída por instância biológica ou factual, psicológica ou anímica e noética ou espiritual, sendo esta última o princípio distintivo da espécie, elemento primordial da constituição humana, fonte da liberdade e responsabilidade, bem como da busca por sentido e da autotranscendência culminando, assim, na autorrealização. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender a dimensão noética em Viktor Frankl, sendo de cunho bibliográfico com abordagem fenomenológica, baseando-se nos conceitos da dimensão noética, de ser humano e do sentido da vida à luz da logoterapia. Investigaram-se livros, artigos científicos, teses relacionados ao objeto de estudo. A metodologia para captação e compreensão dos dados foi a hermenêutica fenomenológica. Como resultado, ficou evidenciada a visão de ser humano em Frankl como uma unidade tridimensional, composta pela relação dialógica, recíproca e interdependente das dimensões biológica, psicológica e espiritual, em que uma abarca a anterior, em um movimento de suprassunção. Essa tríade condensa-se em um “vir-a-ser” humano, tendo o espírito como instância superior dessa totalidade. Por fim,compreendeu-se a dimensão noética ou espiritual como instância fundadora do sentido para a vida.

  • Referências

    ARAÚJO, A. M. Estará em curso o desenvolvimento de um novo paradigma teórico para a evolução biológica? Pp. 1-28, in: MARTINS, Lilian Al-Chueyr Pereira; REGNER, Anna Carolina Krebs Pereira &

    LORENZANO, Pablo (eds.). Ciências da vida: estudos filosóficos e históricos. Campinas: Associação de Filosofia e História da Ciência do Cone Sul (AFHIC), 2006.

    ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Edipro, 2006.

    CARVALHO, O. de. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota [recurso eletrônico] / Olavo de Carvalho; organização Felipe Moura Brasil. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2013.

    COMTE, A. Curso de filosofia positiva. 2. ed. São Paulo: Abril cultural, 1983.

    DESCARTES, R. O discurso do método: para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Paulus, 2002.

    DITTRICH, M. G. A criatividade do amor criante de Deus: uma vivência de cura espiritual na criação artística. Sa~o Leopoldo: Escola Superior de Teologia, 2008.

    ______. O corpo-criante: a chave para uma hermenêutica da obra de arte. Fragmentos de Cultura, Goiânia: Editora da Universidade Católica de Goiás, v. 14, n. 5, 2004.

    DOOYEWEERD, H. A New Critique of Theoretical Thought. Ontario: Paideia Press, 1984. FEYERABEND, P. Contra o método. 2. ed. São Paulo: UNESP, 2011.

    FIZZOTTI, E. En las raíces de la logoterapia las raíces de la esperanza. Revista Mexicana de Logoterapia. v. 2, p. 20-30, 2014.

    FRAGATA, J. et al. Perspectivas da fenomenologia de Husserl. Coimbra: Centro de Estudos Fenomenológicos, 1965.

    FRANKL, V; LAPIDE, P. A busca de Deus e questionamentos sobre o sentido. Petrópolis: Editora Vozes. Tradução de Márcia Neumann, 2014.

    FRANKL, V. E. Psicoterapia: Uma casuística para médicos. São Paulo: E.P.U. 1976.

    ______. Fundamentos Antropológicos da Psicoterapia. Tradução de Renato Bittencourt. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

    ______. A questão do sentido em psicoterapia. Campinas: Papirus, 1990.

    ______. A psicoterapia na prática. Campinas: Papirus, 1991.

    ______. Logoterapia e análise existencial: textos de cinco décadas. Trad. Jonas Pereira dos Santos. Campinas: Editorial Psy II. 1995.

    ______. Psicoterapia e sentido da vida: fundamentos de logoterapia e análise existencial. Tradução de Alípio Maia de Castro. São Paulo: Quadrante, 2003.

    ______. A presença ignorada de Deus. 10 Ed. Trad. Walter O. Sclupp e Helga H. Reinhold. São Leopoldo, RS: Sinodal; Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

    ______. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

    ______. O que não está escrito em meus livros: Memorias. São Paulo: É Realizações, 2010.

    ______. A vontade de sentido: fundamentos e aplicações da logoterapia. Sa~o Paulo: Paulus, 2011.

    ______. Sede de Sentido: Conceitos Básicos de logoterapia. 5. ed. São Paulo. Quadrante, 2011.

    ______. Logoterapia e análise existencial: textos de seis décadas. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2012.

    FREUD. S. Nova conf. XXXII: ansiedade e vida pulsional. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

    GUEDES, K. C.; GAUDÊNCIO, E. O. Trabalho e logoteoria: análise existencial da situação de desemprego. Revista Logos & Existência, v.1, p. 26-37. 2012.

    HAHNEMANN S. Organon da arte de curar. Ribeirão Preto: Museu de Homeopatia Abrahao Brickmann,1995.

    HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. Porto Alegre: Editora L&PM, 2014.

    HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. Parte I. Trad. Paulo Meneses e Karl-Hetnz Efken. Petrópolis, Vozes, 1992.

    KAUFFMAN, S. “O que é vida?”: Schrödinger estava certo? In: Murphy MP e O’Neill LAJ, organizadores. “O que é vida?” 50 anos depois. Especulações sobre o Futuro da biologia. São Paulo: Editora da UNESP,

    KOYRE´, A. Do mundo fechado ao universo infinito. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

    KROEFF, Paulo. Logoterapia: uma visão da psicoterapia. Rev. abordagem gestalt, Goiânia, v. 17, n. 1, p. 68-74, jun. 2011. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809

    &lng=pt&nrm=iso >. Acesso em: 12 nov. 2018.

    LUKAS, E. Logoterapia: a força desafiadora do espírito. Tradução de Jose´ de Sa´ Porto. Sa~o Paulo: Edições Loyola, 1989.

    _______. Histórias que curam... Porque dão sentido a` vida. Petro´polis: Verus, 2005.

    MATURANA, H.; VARELA, F.. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. São Paulo: Psy, 1995.

    MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Bontempo, 2007.

    NIETZSCHE, F. W. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Trad. de: J. Guinsburg. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

    PAPAVERO, N. (org.) Fundamentos Práticos de Taxonomia Zoológica (Coleções, Bibliografia e Nomenclatura). 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994.

    PLATÃO. República. Tradução Maria Helena da Rocha Pereira. 9. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbbenkian, 2001.

    ______. Diálogos: Teeteto, Cratilo. 3. ed. Belém: UFFA, 2001.

    PETER, R.; Viktor Frankl: A antropologia como terapia. Trad. Thereza Christina Stummer São Paulo: Paulus, 1999.

    SARTRE, J.P. O Existencialismo é um humanismo. 3. ed. Trad. Rita Correa Guedes. São Paulo, Abril Cultural. 1987

    SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia história da psicologia moderna. 11. ed. São Paulo: Moderna Cultrix, 2016.

    TROMBLEY, S. 50 pensadores que formaram o mundo moderno: perfis de cinquenta filósofos, cientistas, teóricos, políticos se sociais e líderes espirituais marcantes cujas ideia definiram a época em que vivemos. Tradução Breno Barreto. Rio de Janeiro: Leya. 2014.

    XAUSA, I. A. M. A Psicologia do sentido da vida. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

Revista Brasileira de Tecnologias Sociais

A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais é uma publicação Qualis B1, de acordo com a classificação Qualis Periódicos CAPES 2017-2020.

A Revista Brasileira de Tecnologias Sociais tem por objetivo disseminar o conhecimento científico por meio de uma publicação semestral, que se caracteriza pelo teor multitemático e interdisciplinar voltado, preferencialmente, à divulgação de trabalhos desenvolvidos pelos Mestrados Profissionais do país, em forma de produtos ou processos que possam ser caracterizados como Tecnologias Sociais. Atualmente os editores são os professores Carlos Roberto Praxedes dos Santos (Gestão de Políticas Públicas) e Graziela Liebel (Saúde e Gestão do Trabalho). 

 

Access journal