• Resumo

    As marcas e as propriedades dos discursos sobre sujeitos que "não aprendem"

    Data de publicação: 19/03/2009
    O artigo busca analisar os discursos pedagógicos sobre sujeitos que “não aprendem”, evidenciando suas contradições e condições de produção. Sua principal fonte de análise são relatórios pedagógicos que encaminham alunos das escolas da rede regular de ensino de Santa Catarina para o Serviço Especializado de Apoio Pedagógico. Os discursos mereceram um estudo aprofundado no sentido de compreender: como e por que são produzidos? Em que condições são produzidos? O que expressam das relações sociais? Procurou-se aprofundar o diálogo com interlocutores como Vygotsky e Bakthin, expandindo-se as possibilidades de análise mediante articulações com estudos no campo da história e da sociologia – com as obras de Thompson, Goffmann e Castel – bem como com estudos de Eni Orlandi no campo da análise do discurso. O processo de pesquisa consistiu na descrição e análise dos textos (relatórios pedagógicos), elaborados por professores e especialistas das escolas regulares, no sentido de rastrear sua conexão íntima e identificar as suas marcas e propriedades discursivas. Nesses discursos observaram-se, num olhar mais detido, as contradições que permeiam esse jogo instável de sentidos, no qual se encontram não só as palavras do outro, ocultas ou semi-ocultas nas palavras de professores e especialistas, mas também as opiniões que se produzem na vida cotidiana, o sistema de crenças e superstições, as tendências teóricas, a ciência e a política

Revista Contrapontos

A CONTRAPONTOS é uma publicação reconhecida pela área da Educação, seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente a uma comunidade acadêmico-científica. Vem circulando nacionalmente desde 2001.

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